Literatura de Cordel - Definição
Literartura de Cordel
Por Carlos André de
Oliveira
·
Definição:
s.m. Corda muito delgada;
cordinha.
Bras. Literatura de cordel, o
romanceiro popular nordestino, que se distingue em dois grandes grupos: o da
poesia improvisada, cantada nas "cantorias", e o da poesia
tradicional, de composição literária, contida em folhetos pobremente impressos
e vendidos a baixo preço nas feiras, esquinas e mercados do Nordeste.
Como fazer um Cordel?
·
Métrica e
rima: A narrativa poética popular deve ser escrita com métrica e com rimas
soantes, prefeitas.
·
Verso: É
cada uma das linhas constitutivas de um poema. (o mesmo que pé).
Versos
brancos: versos não rimados; versos soltos.
Verso
de seis pés: sextilhas.
Verso
de sete pés: septilhas
Verso
de pé quebrado: Verso errado ou malfeito
·
Estrofe: É
um conjunto de versos que apresentam, comumente, sentido completo, o mesmo que
estância.
Existem
vários tipos de estrofes, no cordel as mais usadas são: quadra (que caiu em
desuso), sextilha, setilha e décima. Observe alguns exemplos abaixo:
·
Quadra -
Estrofes de quatro versos de sete sílabas
Um dos mais famosos é o de Gonçalves Dias - Canção de
Exílio
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá (2)
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá (4).
·
Sextilhas
- É a mais conhecida. Estrofe ou estância de seis versos. Estrofe de seis
versos de sete sílabas, com o segundo, o quarto e o sexto rimados; verso de
seis pés, colcheia, repente. Estilo muito usado nas cantorias, onde os
cantadores fazem alusão a qualquer tema ou evento e usando o ritmo de baião.
Exemplo:
Quem inventou esse "S"
Com que se escreve saudade
Foi o mesmo que inventou
O "F" da falsidade
E o mesmo que fez o "I"
Da minha infelicidade
Septilhas - Estrofes
de sete versos, e as rimas são: AB AB CC B
A crase é um acento (A)
Resultado da junção (B)
De a com outro a (C)
Artigo e preposição (B)
No tal encontro de “ás” (D)
Então, um fica pra trás (D)
É crase! Feita a fusão! (B)
(Ensinando crase com
literatura de cordel – Carlos André de Oliveira)
Décimas
É preciso que se ouça a correnteza
Pelos hinos de João Paraibano…
Lourival trocadilho “sobre-humano”
Trocou versos trocados por beleza.
Zé Limeira, surreal, a realeza,
Cantou tudo de forma indiscreta,
Desmontou uma poesia já concreta,
Pra gramática se fez de cego e surdo,
O chamado poeta do absurdo
Foi pra mim um absurdo de poeta.
(De repente, Manoel
Cavalcante de Castro)
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